A África do Sul é o destino mais conhecido no mundo para quem busca fazer um safári. Dentro do país existem diversos parques nacionais e reservas naturais destinadas à prática e a organização do setor de turismo na região é de dar inveja a qualquer brasileiro. Tudo funciona muito bem e, apesar do espírito aventureiro que qualquer viajante que busque encontro com leões ou elefantes deva ter, saiba que o conforto estará garantido durante toda a sua estada.

Onde se hospedar: dentro ou fora das reservas privadas?
Nós resolvemos viver esta experiência no Parque Nacional mais famoso da África do Sul: o Kruger. Na região, você tem duas opções de hospedagem: dentro ou fora das reservas privadas. A grande vantagem de escolher ficar do lado de fora das reservas privadas é o preço, que é bem mais em conta. Além disso, a oferta de hospedagens é maior e mais diversificada e você pode encontrar até opções de campings. A desvantagem é que, no geral, os passeios não estão inclusos. Você pode alugar um carro e fazer o “self drive”, dirigindo sozinho em busca dos animais. Porém, é proibido abrir os vidros do carro e andar fora da pista asfaltada.
Por isso, achamos mais vantajoso se hospedar em uma reserva privada. É mais caro, mas os passeios estão inclusos, os carros são abertos e os guias já conhecem a região, ou seja, a probabilidade de você conseguir ver todos os grandes animais é bem maior. Até porque os guias se comunicam por rádios e informam uns para os outros onde estão os animais.
Kapama River Lodge – Safári na África do Sul
Existem várias opções de reservas privadas, todas elas com excelente infraestrutura. Nós escolhemos nos hospedar no Kapama River Lodge e ficamos bem satisfeitos com nossa escolha. O quarto é confortável e espaçoso e tem uma varanda com vista para a mata, o atendimento é eficiente, a piscina rende ótimas fotos e, claro, os game drives (que são os passeios na selva feitos nos 4×4), foram incríveis! O hotel possui todas as refeições incluídas e elas são servidas em um buffet. Na selva, durante os game drives, também há paradas para lanches. As bebidas são pagas à parte. O Kapama possui também alguns outros lodges: o Kapama Karula, o Kapama Buffalo Camp e o Kapama Southern Camp.

Como ir até o Kapama – Carro ou avião
Existem três aeroportos próximos ao Nacional Kruger Park. Se você quiser ir de avião, escolha qual aeroporto é mais conveniente para você de acordo com a localização do seu hotel. Nós decidimos ir para o Kapama River Lodge de carro (partindo de Joanesburgo), pois além dos aviões serem todos bimotores, Fernando queria ter a experiência de dirigir na mão inglesa.
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Nós estávamos um pouco inseguros porque alguns artigos na internet afirmavam que a estrada entre Joanesburgo e o Kruger Park era perigosa e que o melhor era levarmos comida no carro para não precisarmos parar. Por causa disso, no aeroporto de Joanesburgo fomos em uma loja de conveniência e compramos vários sanduíches e bebidas, mas ao longo da viagem percebemos que esta recomendação não fazia nenhum sentido. A estrada nos pareceu bem segura. Fizemos duas paradas e, em uma delas, comemos um sanduíche que estava ótimo. O único problema se deu em relação a conservação da via. Em alguns trechos a estrada é bem ruim e algumas placas sinalizam os buracos (potholes). O aluguel do carro acabou saindo mais barato que o preço da passagem aérea e nos deu a oportunidade de conhecermos alguns povoados no interior.
Dica: é recomendável alugar um GPS na locadora de veículos, pois o sinal de internet na estrada é muito ruim e não dá para contar com o celular.
Nós adoramos ter ido de carro. Mas se você estiver com pressa, vá de avião, a estrada de Joanesburgo para lá é longa (cerca de 450 km até o nosso lodge) e, entre o tempo de alugar carro, parar, comer, e etc, você perde quase meio dia em deslocamento.
Safári na África do Sul – Os game drives

Fazer um safári e ver os animais em seu habitat natural é uma experiência realmente incrível! Acordamos às 5h da manhã para o primeiro game drive, que sairia às 6h. No carro cabem 10 turistas, o guia, que também dirige o veículo e o tracker, que é responsável por procurar os animais. Em nossa primeira saída vimos girafas, leões, hipopótamos (dentro d ‘água), búfalos, leopardos, zebras e gnus. Foi super emocionante. Também fizemos uma pausa para um café no meio da selva.

Às 11h da manhã, há a opção de fazer um game drive à pé pela selva, mas nós preferimos curtir a piscina e o bar do hotel. À tarde, fizemos um novo game drive, e nesse vimos elefantes e rinocerontes, além de zebras e javalis.


Surpresa – Que tal um safári noturno?
Na hora de voltar para o hotel, o guia perguntou se nós aceitávamos atrasar um pouco o jantar para ver uma surpresa. Aceitamos e seguimos, já na mata escura, por cerca de meia hora. O carro saiu da estrada de terra e foi por entre as árvores até nos depararmos com quatro leoas, uma delas comendo uma carcaça de animal, que segundo nosso guia era de uma zebra. Só dava para enxergar o que a lanterna apontava. Ficamos com bastante medo.

Depois de uns 5 minutos parados olhando a leoa, eu pedi ao guia para voltarmos para o hotel. Ele nos disse que precisaria ver com os outros turistas se eles também já estavam prontos para voltar. Ficamos angustiados porque o carro era aberto, estávamos estacionados em frente a uma árvore, ou seja, para sair o motorista ainda precisava manobrar o veículo e, além disso, não conseguíamos ver a movimentação das outras leoas.

Por fim, conseguimos convencer os outros turistas e voltamos. No hotel, o jantar já estava servido e os funcionários fizeram uma apresentação cantando e dançando ao redor de uma fogueira.
Atividades extras no hotel – Safári na África do Sul
O Kapama River Lodge oferece algumas experiências fora do pacote principal. Você pode agendar tratamentos no Spa do hotel (e a piscina de lá, exclusiva, é linda), pode escolher dormir uma noite na selva e pode ainda visitar um centro de tratamento de elefantes. Todas essas atividades são pagas à parte. Como nós queríamos conhecer este centro de tratamento, tivemos que abrir mão do último game drive, pois os horários coincidiam. Saímos um pouco mais tarde, por volta de 7h, e no carro estávamos nós dois, o motorista e mais um outro casal. Fizemos um passeio pela mata, vimos mais alguns rinocerontes e seguimos para a ONG que cuida dos elefantes.
Lá nós aprendemos um pouco mais sobre a história de perseguição a esses animais na África do Sul. Muitos deles são resgatados depois de sofrerem maus tratos. Então eles recebem todos os cuidados necessários para depois serem devolvidos à selva. Porém, alguns deles não se adaptam novamente e precisam de cuidados constantes. Por isso, eles estão acostumados à presença de seres humanos. Foi uma experiência muito interessante.

Este foi o nosso último passeio. Depois voltamos para o quarto e fizemos nossas malas para seguir para Johanesburgo.
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Boa viagem!