Roteiro de 3 dias em Montevidéu

Pequena e acolhedora, Montevidéu é um ótimo destino para quem gosta de vinhos, carnes e música da melhor qualidade. Além disso, vale a pena visitar esse país que virou exemplo latino americano de desenvolvimento econômico e de qualidade na educação.
Renata Assunção

Roteiro de 3 dias em Montevidéu. Eleito em 2013 o país do ano pela revista britânica The Economist, o Uruguai só tem encontrado motivos para comemorar. O país, que tem uma das taxas de alfabetização mais altas da América Latina (alguns índices falam em 98% da população alfabetizada), vê sua economia crescer há 15 anos, apesar da crise enfrentada pelos países vizinhos. 

Em 2018, por exemplo, o Uruguai cresceu 3,4% e a previsão do FMI para 2019, é de 3,1%. Muito desse crescimento se deve ao turismo, que segundo dados do governo, é hoje responsável por 8% a 10% do PIB nacional. 

O país, que está atraindo inclusive turistas de outros continentes, é um destino rápido, fácil e financeiramente atrativo para nós, brasileiros. Neste post vamos contar um pouco sobre a nossa experiência em Montevidéu.  

Hospedagem

Nós nos hospedamos no hotel Sofitel Montevidéu, que fica em Carrasco, um bairro residencial de luxo, com uma boa oferta de lojas e restaurantes. O único problema é que essa região fica longe dos principais pontos turísticos da cidade e isso fez com que a gente tivesse que se deslocar bastante para passear por todos os lugares que tínhamos programado. Em compensação, o hotel é super bonito, fica no antigo prédio do Hotel Casino Carrasco, e tem um café-da-manhã espetacular. Parece que você está em um palácio, me senti vivendo dias de princesa. Também vale a pena reservar uma noite para jantar no restaurante do hotel.

Roteiro

Dia 1: Depois de fazer check-in no hotel, saímos para passear pela cidade e começamos a conhecer Montevidéu pela região central. Como já era hora do almoço fomos direto ao Mercado Del Puerto e sentamos para comer o tradicional churrasco uruguaio no restaurante El Palenque

Também aproveitamos para experimentar um “medio y médio”, uma bebida típica da região que mistura espumante e vinho branco. Não gostamos muito. Mas o primeiro tannat que pedimos estava ótimo. O dia começou bem!

Depois passeamos pela Plaza Independenzia, vimos o teatro Solís e ficamos andando por algumas ruas que são fechadas para veículos. Também passamos por uma feirinha de artesanato pelo caminho. 

Dia 2: Começamos nosso dia no Café Brasilero, que era frequentado pelo famoso escritor uruguaio Eduardo Galeano. O autor de “Veias Abertas da América Latina” disse, mais de uma vez, que aprendeu nos cafés tudo o que sabia. “Em uma época onde havia tempo para perder tempo, os cafés foram minha única universidade”.

Como já tínhamos tomado café da manhã, só pedimos um expresso e ficamos conversando um pouco sobre o famoso livro, que foi escolhido por Hugo Chávez para presentear o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Chavez disse que ‘As Veias abertas da América Latina’ é “um monumento na história latino-americana”. Porém, em entrevistas recentes, o próprio autor renegou a obra afirmando que não estava qualificado para tratar do tema e que o texto era ruim. 

Perto do café tem a livraria Linardi Y Risso, que também ficou famosa por promover encontros entre intelectuais como Pablo Neruda, Mario Vargas Llosa, o próprio Galeano, entre outros.  

Roteiro de 3 dias em Montevidéu

Depois de passear mais um pouco pela região central e visitar a catedral, fomos almoçar no Francis de Punta Carretas. Adoramos o restaurante, a comida estava deliciosa e a carta de vinhos era bem variada. Já o atendimento, apesar de eficiente, deixou a desejar. 

Quando eu fui ao banheiro, Fernando aproveitou para pedir ajuda aos garçons para cantar os parabéns para mim. Mas eles disseram que não faziam isso. rsrsrs Acabou que cantamos sozinhos bem baixinho. 

Depois, fizemos um passeio por Punta Carretas, bairro super organizado e agradável. Se quiser fazer umas comprinhas, tem um shopping bem grande ali perto, o Punta Carretas Shopping.  

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À noite fomos ao bar Funfun que tem apresentação de tango e candobe (uma salsa afro-uruguaia) ao vivo. O bar, que já foi frequentado por Carlos Gardel, é animadíssimo! Não há muitas opções de comida, mas alguns petiscos, como batatas fritas ou empanadas, estão disponíveis. 

É importante fazer reserva antes porque ele fica super cheio. E, se você estiver viajando sozinho ou em dupla, saiba que terá que dividir mesa. No final do show, muita gente se levanta para dançar.  

Dia 3: Ao finalizar o roteiro de 3 dias em Montevidéu, nosso plano era passear pela feira de Tristán Narvaia, uma feira popular que ocorre aos domingos no bairro Cordón, na rua Tristán Narvaja (para quem conhece Buenos Aires, dizem que lembra a feira de San Telmo, só que menor). Mas decidimos mudar os planos e fizemos uma longa caminhada pela Rambla, avenida que rodeia a costa do Rio de la Plata. 

Depois almoçamos no restaurante Garcia, no bairro Carrasco que tem comida e atendimento de primeira. E terminamos o dia no parque Rodó, um dos maiores e mais antigos parques de Montevidéu. Lá tem uma grande área verde, monumentos, estátuas e um pequeno lago. É um ótimo espaço de lazer, frequentado pelas famílias uruguaias.

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Para fechar a viagem com chave de ouro, jantamos no restaurante do hotel em que estávamos hospedados, o Sofitel Montevidéu. Comida maravilhosa, ambiente super elegante e atendimento eficiente. Ainda que você não se hospede aqui, vale a pena conhecer o restaurante.