Uma das portas de entrada da Costa do Sol, região por onde se espalham as praias mais ensolaradas da Espanha, Málaga foi uma doce surpresa em nosso roteiro pela Andaluzia. Ela é organizada, o centro histórico cheio de ruelas é um charme e a cidade esbanja cultura, história e arte. Isso sem falar nas praias, na gastronomia e em Pablo Picasso, que nasceu ali.

Hospedagem – Onde se hospedar em Málaga
Procure um hotel que fique localizado no Centro Histórico e conheça quase toda a cidade à pé. Nós nos hospedamos no hotel Vincci Posada Del Patio e adoramos! Localização espetacular, quarto bem decorado e cama confortável. Só temos a reclamar do chuveiro, que vazava água para fora do box e do blackout, que deixava passar um pouco de luz. No mais, o atendimento das recepcionistas foi super atencioso e elas nos ajudaram com todas as recomendações de programas para fazer na cidade. Para ver preços, fotos e fazer sua reserva, clique aqui.
Outras opções
5 estrelas:
4 estrelas:
3 estrelas:
Transporte – Caminhar por Málaga
Nós chegamos em Málaga de carro, pois estávamos fazendo uma longa viagem pela Europa. Se você for alugar um carro por mais de 21 dias para passear pelo velho continente, saiba todos os detalhes sobre o leasing que fizemos aqui. Na cidade nós andamos muito e conhecemos quase tudo à pé. Só pegamos táxi para visitar o Castelo de Gibralfaro e para ir de lá a Alcazaba. Outra opção é pegar um ônibus que passa na porta e depois te deixa na catedral. Só não recomendamos fazer o trajeto à pé porque a subida é muito íngreme e já ocorreram assaltos neste caminho.


Roteiro – O que fazer em Málaga



Dia 1 – Mercado Central de Atarazanas
Começamos nosso passeio pelo Mercado Central de Atarazanas, que fica próximo ao hotel que nos hospedamos. Lá aproveitamos para conversar com alguns vendedores e conhecer alguns nomes de mariscos em espanhol.
Praia e Parque em Málaga
Em seguida fomos caminhar pela cidade. Primeiro passamos pelo Paseo Del Parque, um parque de Málaga que é lindo. Fica próximo a Marina da cidade, então você tem o mar de um lado da avenida e as árvores do outro. Muitos espanhóis ficam ali sentados nos bancos espalhados na região, que mais parece uma grande praça. Também é uma ótima opção de lugar para uma caminhada.


Depois fomos até a Praia de Malagueta, que tem vários restaurantes bacanas, mas como não estávamos com roupa de banho, voltamos para a região da Marina e fomos conhecer o Museu Pompidou.

Museu Pompidou de Málaga
O museu é bem menor que o de Paris, mas tem uma boa coleção. Nos convida a fazer uma viagem por movimentos artísticos, os dividindo por períodos históricos para que a gente entenda também o contexto em que as obras foram criadas. Primeiro passamos pela “Utopia” com algumas referências à revolução russa e ao nazismo e a criação artística ligada a esperança de que um mundo melhor que estaria por vir. Em seguida, vemos “o final das ilusões”, com obras que marcam um momento ruim das sociedades, com a instauração de regimes totalitários e as catástrofes provenientes das guerras mundiais. O áudio guia é dos melhores que já escutamos em museus, com a narração de trechos de entrevistas feitas com os próprios artistas.

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Finalizamos o dia com um almoço tardio no restaurante Godoy, que fica no Paseo Del Muelle Uno, a orla da Marina, um lugar super animado, cheio de restaurantes e lojas. De sobremesa, tome um sorvete em uma das diversas sorveterias espalhadas pela cidade.
[ppromo_passagens limit=”3″ show_logo=”true” destination=”MAD” header_text=”Menores preços de passagens aéreas do Brasil para Madri, Espanha.” /]Dia 2 – Dia de passeios históricos por Málaga
No segundo dia fizemos uma incursão histórica e fomos visitar a Alcazaba e o Castelo de Gibralfaro. A Alcazaba foi construída no século XI pelo rei muçulmano Badis, de Granada. E era considerada uma das edificações militares mais seguras para o período em que foi construída. Eles pensaram em tudo! Primeiro fizeram três proteções – um espaço dentro do outro. Depois, colocaram uma opção de escape para os governantes, caso a fortaleza fosse invadida. E ainda construíram um poço lá dentro, para não terem problemas com falta d´água, caso precisassem passar um longo período lá dentro. Na saída você também vai ver as ruínas de um teatro romano de dois mil anos.




Depois seguimos para o Castelo de Gibralfaro. Lá o que encanta é a vista da cidade. De vários pontos vê-se o mar. Não enfrentamos fila para visitar nenhum dos dois pontos, mas dizem que há dias em que ficam bem cheios. Como fomos no verão e estava muito quente, fizemos uma parada estratégica entre as duas visitas e almoçamos no restaurante La Reserva Del Olivo, que tem um ambiente climatizado. Assim descansamos e renovamos as energias para continuar a caminhada debaixo do sol.


Catedral de Malága – La Manquita
No final do dia passamos pela catedral de Málaga, conhecida como La Manquita. Seu apelido se deu porque ela só tem uma torre. Existem várias histórias que buscam explicar o fato de ela não ter sido construída até o final. A verdade é que faltou dinheiro, alguns dizem que porque o rei gastou os recursos para ajudar na independência dos Estados Unidos, outros que foi para evitar uma possível invasão da Inglaterra. Em frente à catedral tem uma pracinha cheia de bares e restaurantes convidativos. Bom lugar para fazer um happy hour.

Dia 3 – Pablo Picasso nasceu em Málaga
Dia de fazer uma imersão sobre a obra e a vida de Pablo Picasso. Primeiro fomos à Fundação Pablo Picasso, que foi feita na casa onde o artista morou, na praça de La Merced. Lá vimos vários objetos usados por ele, como pincéis, roupas, móveis, etc, e conhecemos um pouco mais a história de sua família. De lá, seguimos para o museu Pablo Picasso, que fica bem próximo. Gostamos muito de ver as obras do artista expostas em cronologia. Aprendemos um pouco mais sobre o cubismo, ficamos surpresos com tamanha diversidade de sua produção e conhecemos alguns curiosos detalhes sobre a paixão do artista pelas mulheres.



Terminamos o dia passeando pela famosa Calle Larios, a rua com as melhores lojas da cidade.

Onde comer em Málaga
Málaga tem uma infinidade de restaurantes legais em seu Centro Histórico. Nós baixamos os aplicativos do TripAdvisor e do Guia Michelin para ter algumas referências na hora de fazer nossa escolha. A seguir, os três restaurantes que mais gostamos na cidade.

1– La Reserva Del Olivo – Com uma fachada imponente, o restaurante chama a atenção de quem passa. Se sentar na varanda nos parece a melhor opção para dias mais frescos, mas como estava muito quente escolhemos o ambiente climatizado. Comemos uma paella e tomamos uma cava para já entrar no clima espanhol.
2 – Marisquería Godoy – A região da Marina de Málaga tem uma infinidade de opções. Nós nos sentamos na varandinha da Marisquería Godoy e adoramos o restaurante. Atendimento simpático e comida bem gostosa. Experimente a salada de queijo de cabra.
3 – El Rescoldo – Apesar de ser a terra da paella, a Espanha normalmente não oferece arroz como acompanhamento de pratos. Mas neste restaurante encontramos até strogonoff com arroz branco. Além do amplo cardápio, as mesas na calçada são maiores que as dos outros restaurantes da região. No final do almoço nos mandaram licor e café de cortesia. Muito simpáticos!
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